Processo Terapêutico

A Avaliação em Terapia da Fala

O processo de avaliação pode ser formal (com recurso a instrumentos de avaliação devidamente aferidos e padronizados para a população nacional) ou informal (com recurso a instrumentos de avaliação não aferidos ou criados por cada terapeuta, com base nos seus conhecimentos técnicos).

A avaliação inicia-se sempre com uma entrevista (anamnese), que contextualiza o caso e dá informações importantes para o planeamento da avaliação directa do utente. Neste momento da avaliação são também analisados todos os relatórios médicos ou técnicos existentes e relevantes.

Em média, a avaliação é feita ao longo de duas sessões, podendo ter maior ou menor duração, consoante o caso em avaliação, a colaboração do utente e outras variáveis a considerar no processo.

Adicionalmente, poderá haver necessidade de procedimentos complementares de avaliação, como a observação do utente em ambiente natural ou a entrevista a outros elementos envolvidos no processo (familiares, educadores, cuidadores, etc).

Da avaliação resulta um relatório terapêutico que regista a avaliação qualitativa do caso, bem como a avaliação quantitativa (sempre que esta exista), o diagnóstico terapêutico (da responsabilidade do terapeuta avaliador) e a conclusão acerca da necessidade, ou não, de intervenção terapêutica e/ou de outro encaminhamento.

A Intervenção em Terapia da Fala

A intervenção pode ser directa (com o individuo) ou indirecta (contextual e/ou com pais, familiares, educadores, pares, etc).

O plano de intervenção, delineado a partir da avaliação, pode ser aplicado indirectamente (por exemplo com os pais), directamente em sessões individuais e/ou de grupo, no consultório ou no contexto de vida do utente, em conjunto com a família, agentes educativos e outros.

Na maioria dos casos, é importante a presença de um familiar ou cuidador em algumas sessões terapêuticas (ou parte delas), de forma a que este acompanhe o processo, conheça as estratégias utilizadas e as possa replicar fora das sessões, optimizando o processo evolutivo e a generalização de competências.

O plano de intervenção é reavaliado periodicamente e reformulado sempre que necessário.


Nota: a presente descrição de processo terapêutico refere-se ao método de trabalho seguido pela terapeuta Raquel Reis na sua prática clínica e é da sua exclusiva responsabilidade.